quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ressuscitado novamente

créditos na imagem

Morri
nasci
depois morri novamente
para poder, então
nascer recentemente;
nada que foi em vão
o choro é presente
tanto no nascimento
quanto na morte;
da dor estando ciente
percebi
então morri novamente
para poder nascer
e talvez crescer,
e então
perceber
que tudo
havia mudado
alterado
corrigido
consertado
bagunçado
delirado;
tudo estava diferente
a casa
os móveis
as paredes
os sentimentos;
algo parecia ausente
ao mesmo tempo presente
a ferida latente
da mudança sequente
da adaptação frequente;
então percebi
que
não era só
o
mundo
ex
terno
externo
que estava alterado,
mas também o filtro
em meus olhos,
em minha mente
e em meu coração,
que estava alterado
mudado
moldado;
não importa
o quanto prolongue
o quanto alongue
o quanto adie
a conclusão deste poema
aqui não há finais felizes,
nem inícios tristes,
isto aqui não é cinema
então por que ter um final?

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