segunda-feira, 21 de julho de 2014

Desmonocromia



Então era tudo
preto e branco
branco e preto

A intensidade do silêncio
forte e ressonante
fraco e desesperante

Então surgiu
luz
cor
textura
junto com o som
e muita ternura

Ele se perdeu
naquela;
pele clara como o gesso
e suave como o talco

Seus cabelos de ouro
o deixou ourado
louco e paralisado
desejando aquele tesouro

Tinha olhos de diamante
com um olhar de amante
e um brilho dominante
flamante!

E o topázio em seu rosto
um laranja com gosto
o fez disposto;
da monocromia estava desposto

Sua baixa estatura
o fez pensar na fatura;
fortalecendo a atração
aquela tinha a altura do coração

Era dela ele
e dele, ela;
estava bobo, aquele
e sem cautela, aquela

Depois do longo inverno
neste poema, aludidos,
dentre o caos de tudo, perdidos
naquele momento, eterno.

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