segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O parto na serra


Observei
logo lá,
distante,
a cor do rei azul

Ele estava tão
manhoso de manhã
um pouco claro
mas sem sua luminária

Dentre as bordas
daquelas serras,
onde o reinado tocava,
o roxo ressoou

Na vastidão desse rei
continuei observando
a uva, em cereja,
se transformando

Como sangue imaculado
jogado na água que me inundou,
águas de um azul azulado,
a cereja dominou

Tão linda
e formosa aquela cor ficou,
e o parto, anunciou
em seu cenário em Pinda

Então a cereja
em laranja se transformou;
a cor que a visão almeja
meu coração, conquistou

Anunciando a vinda da prata
e queimava a visão
era branca como a nata
impondo sua razão

O prata então
em ouro se transformou
seu brilho, aumentou
elevando-se pela imensidão

O rei, então
de seu sono despertou
seu corpo (e reino) clareou
revelando o que estava na escuridão

Com isso surge,
junto com a obra-prima,
a beleza que minh'alma tanto urge,
junto com a rima

Então nascera,
sem covardia,
aquela estrela
trazendo a luz do dia.

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